sábado, 26 de maio de 2012

Pastor da Assembleia de Deus cobra atestado mental de candidatos

Pastor Oscar Domingos de Moura, da Igreja Assembleia de Deus - Eduardo Fachetti
Pastor Oscar: consulta ao SPC e ao Serasa
Passado a limpo
“Orientamos os irmãos a escolherem alguém que a gente já conhece a família, o passado  e os valores. Se a família dele não for boa, não pode representar o povo”
Oscar de Moura, presidente da Cadeeso


Está no Velho Testamento: não roubarás, não matarás, honrarás pai e mãe. E em tempos de campanha eleitoral, como a que começa no mês que vem, os líderes de igrejas evangélicas acrescentam um mandamento aos fiéis: não votarás em ficha-suja. Para garantir a escolha de bons políticos, os pastores querem saber se os candidatos devem no comércio, se têm boa vida familiar e até mesmo se a saúde mental está em dia.

À frente da Convenção das Assembleias de Deus no Estado (Cadeeso), o pastor Oscar Domingos de Moura é um dos que defendem a orientação aos fiéis. O líder evangélico comanda um rebanho de aproximadamente 350 mil fiéis, distribuídos em cerca de mil templos. A ordem é clara: os pastores têm autonomia para indicar ou vetar nomes.

"A gente sempre orienta os irmãos a escolherem o melhor. Temos um conselho político formado por cinco pastores, que sabatinam os candidatos que nos pedem apoio", explicou o pastor Oscar. Nessa sabatina, o conselho da Assembleia de Deus pede ao candidato que apresente certidão de casamento, nada-consta no Serasa e no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e uma declaração médica comprovando não ser portador de desvio mental.

"Uma pessoa com desvio pode fazer uma besteira. Se está com nome sujo, como será capaz de administrar um município?", questionou.

Orientação

Na opinião do pastor Oliveira de Araújo, da 1ª Igreja Batista de Vitória, o eleitor evangélico deve pesquisar as ideologias, os valores morais e espirituais defendidos pelos candidatos. Ele diz, entretanto, que não é papel da liderança religiosa indicar candidatos aos fiéis e que, com base na fundamentação bíblica, cada um deve escolher em quem votar, sem interferência.

"Na minha igreja, a orientação que dou não é de nomes, mas de critérios que devemos levar em conta na hora de votar. A gente está cansado de ver candidato que diz uma coisa e depois faz outra, e pelo menos agora, com a Lei da Ficha Limpa, há uma expectativa de que haja uma purificação deste triste quadro da política", afirmou Oliveira.

foto: Nestor Muller

Abílio aconselha candidato sem vocação a desistir

Propostas
“É preciso olhar o que o candidato já fez em favor da sociedade e se o plano de governo é executável. Não dá para escolher uma peça de ficção que não  sai do papel”
Abílio Rodrigues, Igreja Batista da Restauração

Também é comum que políticos procurem a religião para se aconselharem e pedir bênção. "Apenas um pré-candidato de Vitória não veio conversar comigo este ano. Procuro saber dos projetos, no que creem. Formo minha opinião e, com base nisso, posso dizer às pessoas quem considero melhor. Trata-se de uma opinião particular, não uma indicação religiosa", frisou o pastor Oliveira.

Na base da orientação aos que querem ocupar prefeituras e câmaras a partir de 2013, o pastor Abílio Rodrigues, da Igreja Batista da Restauração, de Jardim da Penha, preza pela sinceridade: "Se um membro da minha igreja se candidatar mas não tiver capacidade, não voto nele. E ainda chamo no canto e digo: ‘Irmão, esse negócio não é pra você’".


Respeito

O mesmo pensa o pastor Jair de Oliveira, presidente estadual da Igreja Cristo Verdade que Liberta. Ele já foi vereador na Capital entre 1992 e 1996, ocupou cargo na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, mas diz que abandonou a política.
foto: Thiago Guimarães/Secom

Pré-candidatos de Vitória já procuraram Oliveira

Voto religioso
“Queremos candidatos com princípios bíblicos, mesmo os que não são evangélicos. Não defendemos que evangélico só vote em evangélico”
Oliveira de Araújo, 1ª igreja batista

"É preciso votar em uma pessoa que veja a política como sacerdócio, que esteja lá para servir e não para ser servido. Mas não é nosso papel indicar nomes", frisou Jair.

Para o doutor em Teologia Osvaldo Ribeiro, professor da Faculdade Unida de Vitória, a relação entre fé e religião deve ser cautelosa.

"Quando um religioso utiliza fiéis para o ativismo político, corre-se o risco da manipulação da consciência e a imposição de vontades.

É um pecado se servir da posição, seja em culto, seja na televisão, para fazer política", critica.

Segundo o especialista, nada impede que o religioso exerça a política, mas é preciso ter cuidado para que o debate, que deve se ater a questões sociais, não se transforme em "embate dogmático".

Eduardo Fachetti - A Gazeta

domingo, 13 de maio de 2012

Orgulho de ser ateu. Movimento cresce na internet e ganha mais adeptos


Foto: Ricardo Medeiros / GZ
Wagner criou um blog, o "Bar do ateu",
 para combater o preconceito contra
quem não acredita em Deus
Católico, espírita, presbiteriano e ateu. Em quatro décadas, Wagner Kirmse Caldas, 42 anos, manteve apenas uma única característica inalterada: a inquietação. E isso começou cedo, quando perguntou sobre os dinossauros à professora de catequese, passando pelos questionamentos aos livros de Chico Xavier e pelos estudos teológicos – no desejo de virar pastor. Em todos os momentos, ele sempre buscou respostas. Até que aos 33 anos a inquietude era tanta que superou sua fé, e, aos 38, mostrou que ele não acreditava mais em Deus.

"Contei a amigos e à família. Mas foi um choque. Comecei a descobrir que a sociedade é preconceituosa com os ateus. E isso foi uma motivação para criar o blog (Bar do Ateu)", afirma. "Queria mostrar que ateus são cidadãos como qualquer outro. Temos moral e ética e seguimos as regras da sociedade".

Defesa

Para se defender, eles passaram a fazer barulho. A mobilização coletiva na internet, principalmente em mídias e redes sociais, como blogs e páginas do Facebook, só faz crescer. É uma busca pelo orgulho de ser ateu, mesmo que ainda não se saiba o número exato de quantos existem no Brasil.

A movimentação é uma necessidade, defende o presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea), Daniel Sottomaior. "O ateu é a última minoria da sociedade. Já faz parte do saber comum: se a sociedade vai mal, em valores e violência, a solução é apelar para a religião. O preconceito é tanto que, no dicionário, ser ateu é ser ímpio: uma pessoa sem fé, e maldosa", diz ele.

Na página da Atea – a associação foi criada há quatro anos – já são mais de 125 mil seguidores. O grupo tem cerca de 5 mil associados. Para o presidente da entidade, esse é um dos caminhos que fará os ateus assumirem sem medo a sua ideologia.

Apesar da mobilização, a onda de orgulho ateu não levanta bandeiras em busca da conversão. "Os espaços servem mais para tirar dúvidas e mostrar aos ateus, que ainda se sentem isolados, que eles não são os únicos no mundo", defende Wagner Caldas.

O seu blog serve como uma terapia coletiva. "Queremos aproximar os ateus e diminuir o grau de estranheza que a sociedade tem conosco. Ser ateu não é uma escolha, é um processo de conclusões pessoais que indicam ser bem provável não existir deuses nem divindades. É um caminho de consciência", diz o blogueiro.





Barreira

Informe-se

Blog:
 bardoateu.blogspot.com.br
Atea: www.atea.org.br
Ateus.net: http://ateus.net
Portal: www.portalateu.com
Grupo: livrespensadores.org/
Ideia: projeto.livrespensadores.org

O processo não é simples. O grupo Atea recebe diariamente histórias de pessoas que passaram por situações constrangedoras por serem ateus. "Recentemente denunciamos escolas que obrigam os alunos a rezarem nos intervalos das aulas. Tem, ainda, o caso de uma pessoa que, no primeiro dia de trabalho assumiu ser ateu e, no segundo dia, foi demitida", diz Daniel.

Há até casos de juízes que incluíram na decisão de soltura do preso uma visita obrigatória à igreja, sugerindo horário e local do culto. "Isso é o máximo do absurdo. Não se respeita nem a escolha religiosa de um detento, quanto mais a liberdade de não se ter uma religião", lamenta.

Apesar do preconceito, eles garantem que nada supera a sensação de ser quem você realmente é. "O melhor de ser ateu é poder ser um livre pensador, sem restrições dogmáticas e de consciência tranquila. É ter o senso crítico sobre tudo, e de ser feliz da sua forma", diz Wagner Caldas.
Análise

"Há mais estranhamento"

A organização e a mobilização dos ateus para serem reconhecidos perante a sociedade constitui um movimento natural numa sociedade plural e declaradamente democrática. Também é natural que declarar-se ateu em uma sociedade caracterizada historicamente como cristã cause estranheza por quem não compartilha tal convicção. A tolerância e a compreensão mútuas, de ateus e religiosos, são fundamentais para a convivência pacífica. No entanto, não concordo com o discurso da vitimização de quaisquer grupos que se consideram excluídos na sociedade. O movimento ou grupo deve se firmar pela solidez e relevância de sua mensagem, não por se colocar como vítima de um preconceito social. Para se consolidar, o movimento dos ateus deve mostrar as razões de sua significância social, o que o Cristianismo faz há mais de 2 mil anos. No Brasil, percebo que há bem mais estranhamento do que preconceito em relação à quem se declara ateu, dada a tradição cultural e cristã, do país.

Vitor Nunes Rosa, teólogo, professor da Faesa e especialista em religião de A GAZETA




Maurílio Mendonça

sábado, 12 de maio de 2012

Protestantes dobram em números em uma década no Espírito Santo


Protestantes no Espírito Santo chegava a 850 mil; hoje já ultrapassa, 1,6 milhão

O número de evangélicos que vivem no Espírito Santo dobrou na última década: em 2000, eram 850.442 mil pessoas, e neste ano o total chegou a 1,67 milhão. O dado é um dos principais resultados apontados pela pesquisa Comunhão 2010, realizado pela Next Editorial/Revista Comunhão.

Considerando-se as últimas duas décadas, a quantidade de pessoas que se declaram protestantes no Estado triplicou: em 1991, eram 448.053. O crescimento de fiéis nas igrejas evangélicas registrado no Espírito Santo fica acima, inclusive, da média nacional. Segundo o Ministério de Apoio com Informação (MAI), nos últimos dez anos o número de evangélicos no país cresceu 7,43%.

Essas estatísticas vão de encontro aos anseios da Igreja Católica. Tanto que, na última semana, o papa Bento XVI fez um pedido à Igreja Católica no Brasil para que não poupe esforços com o objetivo dedeter o crescente abandono de fiéis e enfrentar, por outro lado, a rápida expansão das comunidades evangélicas e neopentecostais.

O pedido foi feito durante discurso a bispos brasileiros. O pontífice afirmou, ainda, que a expansão entre os evangélicos mostra uma saudável tendência de busca por Deus, mas isso impõe à Igreja Católica a necessidade de se engajar em uma "nova evangelização".

Presidente da Associação de Pastores Evangélicos de Vitória, o pastor Abílio Rodrigues defende que esse crescimento está associado a uma desilusão com o modelo de religião e as formas ritualísticas estabelecidas pelo catolicismo de hoje.

Números

Para o diretor-executivo da Next Editoria e editor-executivo da Revista Comunhão, Mário Fernando Souza, a pesquisa aponta a densidade dos números e das igrejas evangélicas no Estado. "O Espírito Santo é um dos Estados onde essas denominações estão mais consolidadas", diz.

Ele relata que quase 50% dos protestantes do Estado se concentram em três instituições: Assembleiade Deus, Igreja Maranata e Igreja Batista. "O Espírito Santo é o local onde elas estão mais representativas", diz.

Além dos números absolutos, a pesquisa também apontou que a cidade onde se concentra o maior número de protestantes é Vila Velha, com 30,06%. E as mulheres são a maioria entre os membros das igrejas evangélicas, com 64,60% do total.

Os protestantes no Espírito Santo

Escala do crescimento evangélico no Espírito santo

1991: 448.053 mil

2000: 850.442 mil

2002: 1 milhão

2004: 1,11 milhão

2005: 1,18 milhão

2006: 1,27 milhão

2007: 1,36 milhão

2008: 1,45 milhão

2009: 1,56 milhão

2010: 1,67 milhão

Igrejas que frequentam 

Assembleia de Deus: 
31,55%

Maranata:
14,53%

Batista (CBB):
9,81%

Deus é amor: 
7,83%

Batista Renovada:
7,33%

Quadrangular:
4,22%

Universal do Reino de Deus: 
4,22%

Adventista:
2,73%

Internacional da Graça de Deus:
1,86%

Presbiteriana (IPB): 
1,24%

Testemunha de Jeová:
1,24%

Presbiteriana (IPU):
0,99%

Metodista Wesleyana: 
0,87%

Metodista:
0,50%

Luterana:
0,37%

Outras denominações:
0,68%

Município de moradia

Vitória:
22,73%

Vila Velha: 
30,06%

Serra:
25,22%

Cariacica:
21,99%

Sexo

Masculino:
35,40%

Feminino:
64,60%

Estado civil

Casado(a): 
46,21%

Solteiro(a):
41,37%

Separado(a)/divorciado(a):
5,96%

Viúvo(a):
4,72%

Curiosidades 

Juventude.
44,23% têm entre 16 e 29 anos

Renda.
Quase 68% possuem renda familiar entre R$ 511,00 e 2.500,00

Escolaridade.
Quase 38% têm ensino médio completo. Os que concluíram o ensino superior são 5,59%

Estímulo.
32,30% ingressaram na igreja por convite de amigos ou parentes. 32,30% vêm com os pais, 20,87 espontaneamente

Mudança.
80% não mudaram de igreja recentemente

Bíblia.
82,73% nunca leu a Sagrada Escritura toda

Oferta.
84,72% contribuem com o dízimo e ofertas. Desses, 84,47% acham que sua igreja aplica bem os recursos das ofertas


Participação.
40% consideram seu nível de participação na igreja baixo;
e 14,29, alto

Ações.
31,18% participam de ações voluntária, sendo que desse total 48,21% contribuem financeiramente

Casamento.
6% dos jovens entre 16 e 19 anos são casados. Entre os jovens de 20 a 24 anos, a proporção decasamentos sobre para 32%

Envolvimento.
55,78% não possuem cargo na igreja e
só assistem aos cultos

Início.
48% começaram a ir à igreja antes dos 17 anos

Tecnologia.
49,7% têm acesso à internet. Para 73,16% o acesso é feito em casa

Pesquisa ouviu 805 evangélicos na Grande Vitória

A pesquisa realizada pela Revista Comunhão teve como objetivo identificar o perfil socioeconômico das famílias evangélicas e seus hábitos de vida cristã, de lazer e de consumo. Foram entrevistadas 805 pessoas com idade superior a 16 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais, entre os dias 10 e 17 de junho. Todas residem na Grande Vitória (sendo 183 em Vitória; 242 em Vila Velha; 203 na Serra; e 177 em Cariacica). O levantamento foi feito por amostragem após abordagem face a face nos principais pontos da Região Metropolitana. A margem de erro dos dados é de 3,5 pontos percentuais, e a confiabilitade da pesquisa é de 95%.

Igrejas: quantidade poderia ser maior 

Mesmo com o aumento crescente no número de fiéis, as instituições evangélicas acreditam que o número de frequentadores poderia ser ainda maior. As exigências do mundo moderno e o tempo gasto com o estudo e o trabalho afastam, principalmente, o público jovem - que hoje já soma 44,23% dos membros - da igreja. É o que analisa o editor executivo da Revista Comunhão, Mário Fernando Souza.

"O jovem evangélico de hoje deseja consumir e crescer na pirâmide social como qualquer outro. Isso implica muito estudo e comprometimento no trabalho, o que acaba os afastando da igreja. É uma questão sociológica", diz Souza.

O presidente da Associação de Pastores Evangélicos da Grande Vitória (APGEGV), pastor Enoque deCastro Pereira, concorda que a participação dos jovens nas igrejas evangélicas pode aumentar ainda mais. "As instituições podem se adequar ainda mais para receber esse público, especialmente os jovens que estão perdidos nas drogas", destaca.

Membro da Igreja Batista da Restauração, o estudante de engenharia Gênesis Gonsalves de Almeida, 21, é um dos jovens evangélicos que não medem esforços para conciliar trabalho e estudo com a igreja. "Toco violão no Ministério de Louvor e tento participar dos cultos sempre que posso. Vou pelo menos duas vezes por semana", diz.

Presbiteriana desde que nasceu, a universitária Sara Bento Pereira, 20, também engrossa a lista dejovens evangélicos no Estado. Ela frequenta uma igreja presbiteriana, em Vila Velha, mas lamenta o que chama de preconceito contra os protestantes. "Hoje ainda é bem difícil ser evangélico, pois a maioria nos rotula como sendo pessoas caretas", frisa.


"Eu me dedico o máximo que posso à minha igreja. Frequento os cultos, toco violão e ensaio muito em casa. Estou aqui por um chamado de Deus"
Gênesis Gonsalves de Almeida
21 anos, Estudante de Engenharia

Primeira visita: menos convite, mais iniciativa

Outra novidade apontada pela pesquisa foi uma queda na tendência de se convidar amigos e parentes para participar das igrejas. Em contrapartida, aumentou o número de pessoas que passaram a procurar os templos de forma espontânea.

Há dois anos, 48,7% dos entrevistados haviam se dirigido pela primeira vez a uma igreja evangélica por meio de algum tipo de convite feito por pessoas próximas. Em 2009, esse número caiu para 39,2%, e neste ano reduziu ainda mais, para 32,3%.

Por outro lado, o número de pessoas que procuram os templos de forma espontânea aumentou mais que o dobro. O percentual pulou de 10,1% em 2009 para 20,9% em 2010.

Contribuição

Outro dado crescente do levantamento refere-se ao aumento da contribuição dos fiéis com o dízimo. No ano passado, 70,2% deles diziam fazer a doação, e em 2010 esse número chegou a 84,72%. Desse total, 84,47% acreditam que a igreja aplica bem os recursos das ofertas.

Análise
Igrejas se adaptaram ao público jovem

Pastor Enoque de Castro Pereira
Presidente da Associação de Pastores Evangélicos da Grande Vitória (APGEGV)

Houve uma grande mudança no comportamento das igrejas evangélicas, que possibilitou um incremento no número de fiéis, especialmente dos jovens, como foi comprovado pela pesquisa, nos últimos anos. Muitas tradições e liturgias foram quebradas, e isso foi fundamental para aproximar essas pessoas. Há alguns anos, expressões básicas como o aplauso, coreografias não eram permitidas e continuam não sendo em grande parte das igrejas católicas. As instituições evangélicas enxergaram isso e acabaram absorvendo esse público, que passou a enxergar nelas uma forma de estar mais próximo de Deus. E esse público pode aumentar ainda mais nos próximos anos.

Fonte: A Gazeta - Frederico Goulart

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