Várias denominações religiosas oferecem ajuda para quem quer superar conflitos e fortalecer os laços, como cursos e atendimentos individuais
Desejada por uns e temida por outros, a instituição familiar parece viver uma crise de relacionamento. Não é à toa que o número de divórcios cresceu 47% entre 2010 e 2011 no Estado, mas ainda está longe de alcançar a quantidade de casamentos realizados: quase três vezes maior. Acreditar no “felizes para sempre” está cada vez mais difícil? Que tal, então, pedir um conselho a quem entende do assunto?
No Estado, quase todas as denominações religiosas oferecem uma ajuda extra para casais que desejam superar conflitos e fortalecer os laços. São cursos, palestras ministradas por outros casais, que estão na “estrada” há anos e que têm muita experiência para compartilhar, e até atendimentos individuais. E eles dão dicas valiosas para quem, independente de ter uma religião, valoriza a união conquistada e deseja se empenhar para fazer o outro feliz.
Professores do curso “Casados Para Sempre” – oferecido em diversas igrejas evangélicas e católicas do Estado –, o casal Fabíola Cristina Miranda de Menezes, 39 anos, e Rômulo Gomes de Menezes, 42, explica que, hoje, uma das tarefas mais difíceis é fazer o casal entender que nem tudo deve ser resolvido de forma prática e rápida.
“As pessoas, hoje, não têm disposição para o diálogo, para ouvir o outro. Querem resolver tudo na hora e pensar nas consequências depois. Uma briga no casamento não pode ser resolvida dessa forma. Separar porque ‘não está bom’ é fácil, mas os problemas de um casamento são quase sempre os mesmos. O que muda é a disposição que temos para enfrentá-los”, diz Fabíola.
Muito temida pela maioria dos casais, a rotina também pode ser vista pelo lado bom, eles contam. É ela quem dá segurança aos dois, reforça o comprometimento e permite que as surpresas apareçam. “Alimentar o amor depende de cuidado, carinho e de uma dose de variação no dia a dia. A rotina também faz parte, mas é sempre bom fazer coisas diferentes, que os dois gostam”, diz Fabíola.
Confira essas e outras dicas dos casais e tire suas dúvidas sobre o que fazer em situações variadas.
Aparência
Vejo casamentos mais felizes que o meu e não sei como fazer para ser igual.
O que fazer
Tentar inspirar-se no casamento do outro pode ser um grande erro, porque cada casal é feliz a sua maneira, com os seus defeitos e qualidades. Muitas vezes, uma aparência de felicidade pode esconder grandes problemas. E o que faz uma pessoa feliz não é o que pode te fazer feliz.
Atitudes
Sinto que meu (minha) companheiro (a) não me faz feliz, e é isso que procuro no casamento.
O que fazer
Para que uma união dê certo, é preciso querer fazer o outro feliz, e não apenas esperar que o outro lhe faça feliz. O verdadeiro amor não busca seus próprios interesses nem sua própria felicidade, mas os interesses e a felicidade dos dois. Se algo está errado, é preciso refletir também sobre as suas atitudes e sobre o quanto você está se empenhando em fazer o outro feliz.
Apoio
Meu (minha) companheiro (a) não me apoia nas minhas decisões.
O que fazer
Uma atitude fundamental para quem quer, de fato, viver um casamento é aprender a deixar a individualidade de lado e pensar sempre nos dois ao tomar uma decisão, principalmente quando ela for relacionada aos filhos. Se o outro não está lhe apoiando, ouça os seus motivos e reforce sempre a importância que a opinião dele (a) tem para você.
Traição
Fui traído e não sei se acredito mais no meu casamento.
O que fazer
A traição coloca, mesmo, o casamento à prova. E saber perdoar talvez seja uma das coisas mais difíceis em um relacionamento. Só com o perdão sincero, porém, o casal pode voltar a entrar em sintonia. Esse momento depende de muito diálogo para que a confiança volte a se restabelecer. Perdoar não é sinal de fraqueza, mas de grandeza.
Compromisso
Por que os casamentos, hoje, se desfazem com tanta facilidade?
O que fazer
As pessoas, hoje, estão acostumadas a ter tudo rápido e a descartar aquilo que não lhe satisfazem mais. Não se importam em magoar o outro, mas apenas em buscar a sua própria felicidade. Assumem um compromisso, mas não entendem o verdadeiro significado dessa palavra. Por isso, casam-se e separam-se com muita facilidade, e só depois percebem as feridas que ficaram abertas ou que fizeram no outro.
Brigas
Eu e meu (minha) companheiro (a) não nos entendemos, e as conversas geralmente acabam em briga.
O que fazer
Realmente, quem não tem o diálogo como prática no relacionamento, acaba conversando apenas quando a briga se torna inevitável. E, aí, qualquer argumento perde sentido. O diálogo é fundamental para que um relacionamento dê certo, seja um namoro ou um casamento. Seja transparente, busque sempre ouvir o outro e mostre-se interessado pelo que ele tem a dizer.
Diferenças
Nós pensamos diferente sobre muitas coisas, e não sei como lidar com isso.
O que fazer
Diferenças de pensamento sempre terá. O que faz um relacionamento dar certo é o respeito que temos por essas diferenças. Se o outro não gosta de algo, é importante que ele deixe isso claro e que também saiba ouvir seus argumentos. Mas ele também pode estabelecer limites e dizer “não gosto de discutir sobre isso”. Se isso acontecer, saiba respeitar o espaço e os limites do outro.
União
Não costumamos mais dizer que nos amamos, não fazemos coisas juntos e nossos filhos tomam todo o tempo.
O que fazer
Alimentar o amor do outro é mais do que importante. Assim como tudo na natureza, o que não é alimentado, morre. O casal precisa ter os seus momentos sem os filhos, fazer o que gosta juntos, sair para namorar, etc.
Diálogo
O que fazer quando a briga se torna inevitável?
O que fazer
No momento da briga, um dos dois tem que saber recuar. É uma atitude de quem perde para ganhar, ou seja, deixa de sair “vencedor” da discussão para sair vencedor no relacionamento. Depois de acalmados os ânimos, saiba pedir desculpas ou conversar sobre o que não lhe agradou. Não durma brigado.
Presença
Mesmo amando meu (minha) marido (esposa), acho que o meu casamento não tem mais jeito.
O que fazer
Não existe casamento tão bom que não possa ser melhorado, e não existe casamento tão ruim que não possa ser recuperado. Se existe amor no relacionamento, não há porque desistir.
Vejo casamentos mais felizes que o meu e não sei como fazer para ser igual.
O que fazer
Tentar inspirar-se no casamento do outro pode ser um grande erro, porque cada casal é feliz a sua maneira, com os seus defeitos e qualidades. Muitas vezes, uma aparência de felicidade pode esconder grandes problemas. E o que faz uma pessoa feliz não é o que pode te fazer feliz.
Atitudes
O que fazer
Para que uma união dê certo, é preciso querer fazer o outro feliz, e não apenas esperar que o outro lhe faça feliz. O verdadeiro amor não busca seus próprios interesses nem sua própria felicidade, mas os interesses e a felicidade dos dois. Se algo está errado, é preciso refletir também sobre as suas atitudes e sobre o quanto você está se empenhando em fazer o outro feliz.
Apoio
Meu (minha) companheiro (a) não me apoia nas minhas decisões.
O que fazer
Uma atitude fundamental para quem quer, de fato, viver um casamento é aprender a deixar a individualidade de lado e pensar sempre nos dois ao tomar uma decisão, principalmente quando ela for relacionada aos filhos. Se o outro não está lhe apoiando, ouça os seus motivos e reforce sempre a importância que a opinião dele (a) tem para você.
Traição
Fui traído e não sei se acredito mais no meu casamento.
O que fazer
A traição coloca, mesmo, o casamento à prova. E saber perdoar talvez seja uma das coisas mais difíceis em um relacionamento. Só com o perdão sincero, porém, o casal pode voltar a entrar em sintonia. Esse momento depende de muito diálogo para que a confiança volte a se restabelecer. Perdoar não é sinal de fraqueza, mas de grandeza.
Compromisso
Por que os casamentos, hoje, se desfazem com tanta facilidade?
O que fazer
As pessoas, hoje, estão acostumadas a ter tudo rápido e a descartar aquilo que não lhe satisfazem mais. Não se importam em magoar o outro, mas apenas em buscar a sua própria felicidade. Assumem um compromisso, mas não entendem o verdadeiro significado dessa palavra. Por isso, casam-se e separam-se com muita facilidade, e só depois percebem as feridas que ficaram abertas ou que fizeram no outro.
Brigas
Eu e meu (minha) companheiro (a) não nos entendemos, e as conversas geralmente acabam em briga.
O que fazer
Realmente, quem não tem o diálogo como prática no relacionamento, acaba conversando apenas quando a briga se torna inevitável. E, aí, qualquer argumento perde sentido. O diálogo é fundamental para que um relacionamento dê certo, seja um namoro ou um casamento. Seja transparente, busque sempre ouvir o outro e mostre-se interessado pelo que ele tem a dizer.
Diferenças
Nós pensamos diferente sobre muitas coisas, e não sei como lidar com isso.
O que fazer
Diferenças de pensamento sempre terá. O que faz um relacionamento dar certo é o respeito que temos por essas diferenças. Se o outro não gosta de algo, é importante que ele deixe isso claro e que também saiba ouvir seus argumentos. Mas ele também pode estabelecer limites e dizer “não gosto de discutir sobre isso”. Se isso acontecer, saiba respeitar o espaço e os limites do outro.
União
Não costumamos mais dizer que nos amamos, não fazemos coisas juntos e nossos filhos tomam todo o tempo.
O que fazer
Alimentar o amor do outro é mais do que importante. Assim como tudo na natureza, o que não é alimentado, morre. O casal precisa ter os seus momentos sem os filhos, fazer o que gosta juntos, sair para namorar, etc.
Diálogo
O que fazer quando a briga se torna inevitável?
O que fazer
No momento da briga, um dos dois tem que saber recuar. É uma atitude de quem perde para ganhar, ou seja, deixa de sair “vencedor” da discussão para sair vencedor no relacionamento. Depois de acalmados os ânimos, saiba pedir desculpas ou conversar sobre o que não lhe agradou. Não durma brigado.
Presença
Mesmo amando meu (minha) marido (esposa), acho que o meu casamento não tem mais jeito.
O que fazer
Não existe casamento tão bom que não possa ser melhorado, e não existe casamento tão ruim que não possa ser recuperado. Se existe amor no relacionamento, não há porque desistir.
Priscilla Thompson
A Gazeta